viajando sobre duas rodas: Dia 18 de Janeiro de 2011

Despedimos da turma de Curitiba ainda no café e pegamos a estrada. Andamos a 80 km/hr porque o vento era demais, quase derrubava a moto. Tivemos que entrar de novo em Rio Gallegos para ver se os óculos do Gripp estavam no hotel que havíamos nos hospedados dias atrás. E não é que estava mesmo? Aí pegamos rumo ao norte da Argentina e para o Chile (se possível).
No caminho, quando pegamos a beira mar, a temperatura tava delícia. De repente o Fer pára a moto e fala: "Tem um monte de focas lá embaixo". Cara! Era uma reserva natural de lobos-marinhos. Muitos, muitos, muitos! Lindos! Tinha mães com filhotes, machos E-N-O-R-M-E-S!! Chegamos o mais perto possível, afinal, são animais silvestres...
Depois, comecamos a subir e aí fez muuuuuuuiiiito frio. Já umas 6 hrs da tarde, paramos para abastecer de corote, pois não constava nenhuma cidade por perto no GPS e o Fernando parou no meio da estrada “next to nothing, close to nowhere”, o vento era tão forte, tão frio que nos sentimos congelados e eu desesperei, falei pra ele parar onde fosse possível. No fim, tinha uma cidade próxima ali, chamada Gobiernador Costa, que nem aparece no GPS. Ficamos no pior hotel desta viagem, um muquifo chamado Hosteria Roca que tinha aquecedor a gás que era ligado com isqueiro. Pedi pra moca da recepção ligar. Aí começou um cheiro de queimado, levantei pra ver se não tava pegando fogo na cortina. O banheiro tava com cheiro de xixi e, claro, nem tinha internet. É óbvio que desliguei o aquecedor. Fiquei com medo de apagar aquele fogo sozinho (ou pegar fogo em alguma coisa) ficar o gás pelo quarto e morrermos sem perceber.
Não fui jantar com os meninos porque já engordei 2 Kg (olha como já tô japonesa nas fotos).