viajando sobre duas rodas: Dia 14 de Janeiro de 2011

Acordamos 6 hrs para enfrentar a travessia. Chegamos à fronteira e fomos à aduana Argentina, carimbamos os passaportes, montamos nas motos, andamos 500 m e chegamos à aduana Chilena. Carimba de novo e aí seguimos ao Estreito de Magalhães. Após alguns Km, já haviam alguns caminhões fechando a estrada. Mas passamos por entre eles, numa boa. Quando chegamos ao Estreito para pegar o Ferri, haviam dezenas de caminhões e carros em fila e no acesso para o Ferri, um ônibus fechando a passagem. Havia ali uma manifestação contra o aumento do gás, este que subiu 20% e a população que vive no Sul do Chile, utiliza deste durante os 365 dias do ano, portanto esse aumento desestrutura todo um orçamento da população de baixa renda.
Chegamos animados, tirando fotos, o Fernando tomou café com eles. Tinha uma velhinha que achou os olhos dele lindos e ficou tirando fotos da gente (tiramos uma com ela).
O Gripp foi negociar com o chefe da manifestação pra gente passar, aí disseram para aguardarmos até meio-dia (eram 9:30 AM). Tudo bem. Tiramos fotos. Conversamos com todo mundo. Tinha até um americano fazendo hitchhiking desde Santiago, ele é biólogo marinho e estava fazendo pesquisas para a Universidade de Santiago, tirei uma foto do Gripp conversando com ele porque ele é MUITO alto!
Daqui a pouco chega + um motoqueiro, Marcelo (paulistano) com a esposa Anne, veterinária! Ah, que delícia encontrar uma mulher e ainda colega, o assunto não acabou +.
A TV chegou para fazer uma reportagem sobre a manifestação e o Gripp e o Marcelo foram lá pro meio dos chilenos, ficaram pulando e balançando bandeiras! Deram entrevistas! Aí disseram que haveria uma reunião às 13 hrs (deu meio-dia e nada havia mudado).
Enfim, após 5 hrs de espera, nada foi feito. Um dos chilenos da fila surtou porque tinha filho pequeno e este estava com fome, sede, estavam na espera desde às 20 hrs da noite anterior! Os chilenos foram pra cima dele, juntaram uns pedaços de pau para bater nele. Depois alguns caminhoneiros também deram a cara, mas nada mudou. Apareceram 2 mulheres mediadoras que vieram fazer o censo das crianças para trazer leite e pão à elas e negociar se seria possível liberar pelo menos os carros pequenos. NADA!
Well, às 14:30 decidimos voltar, frustadíssimos por não termos conhecido a Tierra del Fuego, Ushuaia, a principal missão da nossa expedição...
Tocamos para El Calafate, uma cidadezinha muito linda, onde ficaremos alguns dias pois há muito turismo para fazer aqui.
Fomos todos a pé para um restaurante próximo ao hotel, para comermos um cordeiro patagônico, D-E-L-I-C-I-O-S-O!